Já há muito tempo que não me acontecia isto!!!

Episódio 1

Terça-Feira 10 de Junho, feriado! Acordei cedo muito aflita da garganta e afónica e pensei para com os meus botões (na realidade não tinha botanico nenhum) "se calhar o melhor mesmo é ir ao hospital e levar uma injecção de penincilina. Curo a amigdalite e na 5ª feira estou em condições para ir para Mallorca ter com ela"... não me pareceu um pensamento descabido.

Mando mensagem a uma amiga médica e ela confirma-me que estou a pensar bem!

Chego ao hospital e na triagem a enfermeira pergunta-me o que tenho. Eu lá respondo que deve ser amigdalite e que quero uma injecção de penincilina. "Nunca vi ninguém com tanta vontade de levar uma injecção", retorquiu.

Lá fui para a sala de espera e menos de 10 minutos depois sou chamada. Entrei no gabinete 1 e estava lá uma médica lá daqueles países de leste que me trata por tu. Comecei logo a rosnar. Olha para mim, osculta-me e diz "não é nada bacteriano, é uma virose. Não há nenhum medicamento que te vá curar. O corpo é que vai curar"!!!!

Paguei eu 9,20€ de taxa moderadora para ouvir isto!!! Eu que só vou ao hospital em último caso!!

aaaahhhh... ainda me disse que não podia trabalhar ao que eu lhe encolhi os ombros e disse que ia trabalhar na mesma. "Então tenta não falar", respondeu.

Se a minha amiga médica me volta a chatear para eu tomar isto ou aquilo ou que devia ir ao hospital eu respondo-lhe que o corpo é que cura.

Episódio 2

Ora, como o corpo é que cura eu fui para a praia com duas amigas. E lá estivemos nós mais o povo todo. Quando me levantei para ir embora (já tinha "banho" de povo que chegasse) reparamos que 2 raparigas e 2 rapazes oriundos daqueles países de leste estacionaram mesmo no sítio da saída da praia.

Elas começaram a rir e a perguntarem-me por onde eu iria sair. "Por cima deles", respondi.

Vá lá, antes de mim outra família tentou sair e passou pelo meio deles e os inteligentes lá perceberam que estavam mal situados!!!

Episódio 3

A caminho de casa passei no Pingo Doce para comprar bróculos para o jantar. Lá fui buscar o que precisava e fui para a caixa.

Os meninos que estavam à minha frente avançaram mas o cesto que estava aos meus pés não se mexeu. "O cesto é vosso?", perguntei-lhes. "Não", responderam. Eu ultrapassei o cesto.

Veio uma rapariga oriunda daqueles países de leste que me diz "eu estava aí, não viu?". "Vi o cesto", rosnei. "Estava no multibanco", continuou como se a errada fosse eu e tenta ultrapassar-me e eu dificulto-lhe a vida. Entretanto chega o marido/namorado/qualquer coisa que estava a terminar as compras. "Se está com pressa pode passar", diz-me. Ao que respondo "não é uma questão de pressa, é uma questão de educação"!!!

Nota: não sei se repararam que apesar de eu estar a torcer por Itália consegui escrever um post com as cores de Portugal!!!

Porque há sempre um mas

Há dias em que penso, triste, que o porMAIOR do pestinha não ter pai lhe faz falta. Afinal não foi assim que eu imaginei. Sempre pensei que por mais ausente que fosse haveria sempre de existir.

Mas depois oiço estórias de pais que maltratam, pais que não ajudam (muito pelo contrário). É quando oiço estas estórias (umas mais próximas do que outras) que a minha tristeza passa.

Afinal ele tem duas Mães, imensas Avós e Avôs, Tios e Tias que nunca mais acabam. Nada lhe falta e ele é feliz, mesmo quando diz "eu não tenho pai" não o diz revoltado. Afinal ele nunca conheceu outra situação.

Nisto do pestinha não ter pai não é ele quem mais perde, isso tenho a certeza.