Um desabafo

Dizem que depois da tormenta vem a bonança. Na verdade eu costumo dizer que depois da bonança em a Casa na Pradaria mas este era suposto ser um post sério e eu já comecei com as minhas piada parvas... haja paciência para me aturar!!

Já o escrevi várias vezes, não sei lidar com as saudades. E não me venham dizer que as saudades são boas porque depois podemos matá-las (às saudades), isso para mim não é bom coisa nenhuma. Não gosto e não há nada a fazer. Ainda as suporto quando sei que as vou ter por um curto período de tempo (tipo meio dia) e depois tenho oportunidade de as assassinar (às saudades) com beijos, abraços, mimos e carícias (e outras coisas que não interessa nada... esquece Cruxe, não te vou dar o prazer de descrever tudo o resto).

Ontem à noite, com ela nos meus braços, dei comigo a ter saudades. Tentei controlar-me, "bolas Sofia, controla-te. Estás com saudades de quê? Ela está mesmo aqui". Saudades de nada e saudades de tudo. Estas são as únicas saudades que gosto, quando as sinto e consigo tratar delas logo ali no momento. Gosto disso e gosto de me apaixonar vezes sem conta pela mesma pessoa. Acordar, senti-la ali ao lado, vê-la sorrir e voltar a apaixonar-me.

Mas voltemos ao raio das saudades... ggggrrrrrr. Vêm aí as férias, teoricamente isso é bom. O problema é que vêm as férias só dela... longe... muito longe. Sexta-feira de madrugada ela deixa este cantinho à beira-mar plantado (comigo deitada ali mesmo na praia a apanhar imenso sol e... bom, o resto não interessa) e voltará algumas semanas depois. Semanas que, com toda a certeza, vão parecer eternidades. Dias que teimarão em não passar.

Entre as mil e uma coisas que temos as duas sempre que fazer (ela muito mais do que eu) vamos tentar passar o máximo tempo juntas estes dias, mas o máximo de tempo que passaremos juntas vai saber sempre a pouco. Apetecia-me agarrá-la, abraça-la, beija-la e dizer-lhe ao ouvido "não vás". Nunca o farei, até porque sei que ela volta, por isso à pergunta "o que é que queres que te traga" eu responderei calmamente, a sorrir e a olhar-lhe nos olhos "a ti".