E lá fui à médica

Onde, para além de me ter sido explicado que nada tenho na cabeça (sim, eu sei que não era preciso ir à médica), ainda tive direito a algumas cenas interessantes.

Pois que cheguei ao Centro de Saúde de Sete Rios às seis e tal, lá me arrastei ao terceiro andar e como estava toda acabadinha com as dores nas costas sentei-me.

Estava um reboliço frente às senhoras que fazem as marcações das consultas. Eu lá fui ficando sossegada a ouvir o "é o primeiro dia que estou aqui" da funcionária.

A certa altura vem uma estagiária que pergunta "Está alguém para a Sra. e tal e coisa?" ao que eu levanto o braço com algum custo. "A Dra. sabe que está cá?", ao que eu respondi que ainda não a tinha visto. "Então faça a inscrição".

Até aqui nada de extraordinário, mas desta conversa concluí que ter alguém vesgo a falar comigo é a mesma coisa que ser surda. Foram várias as vezes que olhei para trás para ver se a médica estava a falar com alguém que não eu.

Lá chegou a minha vez para me inscrever. "Então o que deseja?", disse a senhora. "A Dra. coisa e tal disse para eu vir cá hoje, quero fazer a inscrição na consulta". "O seu cartão?" continuou ela com o ar mais "simpático" deste mundo. "Não vale a pena dar-lhe o cartão porque eu não sou deste Centro de Saúde, tenho uma inscrição temporária". "Então não vou fazer isso, eu não sei"! E mai nada!

Depois lá me pediram para descer ao 1º andar e inscrever-me nas urgências. Lá fui e ainda tive que trazer para cima a lista actualizada dos doentes da Dra. e tal e coisa.

Finalmente tive consulta já passava das oito da noite e apesar da lombalgia nas costas e das dores de estômago até estou com bom ar e recomendo-me. Todos os sustos passaram e estou prontinha para outra!!!

É claro que não fui para casa sem levar uma injecção no traseiro que é para não sair de lá a rir!!!

o O (será que já chega de letrinhas???)