Pára-quedas... vai ser o próximo investimento

Quando o vi em pleno vôo o meu coração parou... literalmente. Só tive tempo de atirar todas as mochilas para o chão e ir a correr para pegá-lo ao colo e ver se ele estava bem.

Ele, que até faz birras mas quando se magoa nem é de grandes choros, estava inconsolável. Pedi-lhe para me mostrar onde lhe doía e ele, já mais calmo, lá me mostrou a mão onde se via um dedinho inchado e a sangrar. Era só isso, mas para meio metro de gente voar três degraus não deve ser uma experiência nada boa. O que vale é que eu até o ensino a trepar, a subir e descer, a saltar e até a cair... é o que vale.

Voltamos a casa, lavamos o corte e voltamos para a rua. A carrinha já lá estava para o levar para o colégio. Ele já não chorava mas foi com um ar muito triste e eu vim para o escritório com o coração pequenino, muito pequenino.

Entrei no carro, agarrei no telefone e fui contar o que se tinha passado. Tudo o que acontece com ele (bom ou mau) eu conto-lhe, é sempre a primeira pessoa a saber. Respondeu-me que agora é que lhe ia mesmo comprar um pára-quedas.

A nossa relação é assim, pode nada mais se passar mas irá ficar para sempre ligada por este ser que amamos incondicionalmente. É giro ver que quando ele faz asneira do lado de lá eu ouço com um "o teu filho..." e quando ele faz asneiras do lado de cá eu atiro com um "o teu bombom..."

Ela mima-o, eu já sou mais a má da fita porque também lhe ralho. Ela assusta-se com as travessuras que eu lhe ensino e fica revoltada quando lhe conto que ele veio do colégio com uma colecção de marcas de dentes.

Ele adora-a, isso é indiscutível e dos momentos que eu mais gosto de assistir é quando ele a vê e abre um sorriso que "deita qualquer um abaixo".

Afinal ele é e será sempre "o nosso bombom"...